sexta-feira, 10 de julho de 2015

Quando todo sofrimento requer uma posição de fé


Existe uma história na Bíblia que sempre me mostra o quão incompreensíveis as coisas de Deus podem parecer em um primeiro momento, e quanto não podemos entender os Seus propósitos; me refiro a história de José, a Bílbia conta que ele era o filho mais novo de Jacó, que possuía outros 11 filhos, mas conta também que José era o seu filho mais chegado, por ser filho de sua primeira esposa, que era estéril, mas que por milagre veio a conceber.

 Até aí nada parece extraordinário, mas fazendo uma leitura da conjuntura social da época, o primeiro filho homem possuía todas as vantagens de receber a direção do clã da família, bem como a titularidade de posses em detrimento aos demais. Nessa ótica percebe-se, com clareza que José era o último filho, entre doze homens, que o antecediam, portanto, não tinha mesmo qualquer importância ou relevância.

As Escrituras contam ainda que os irmãos de José, nutriam uma inveja do apego do pai em relação ao pequeno e que por isso mesmo tramaram vender-lhe como escravo aos egípcios e acordaram de contar ao pai que o irmão havia sido atacado por um animal no bosque e viera a morrer. Tal fizeram e José amargou longos anos de sofrimentos, calúnias, trabalhos forçados, vida dura, prisão, esquecimento e novas traições em sua jornada no Egito.

O interessante é que não se relata a exatidão, mas já adulto José viu sua “sorte” mudar ao ser convidado a adivinhar o significado de um sonho que tivera o Faraó egípcio, o que lhe rendeu posição e favores especiais pela sua iluminação em decifrar o enigma que perturbava o rei, tendo por reviravolta na sua vida a posição de chegar a ser uma espécie de Primeiro Ministro, naquela que era a nação mais rica do globo a época.

Se parasse neste ponto a história já seria épica não é mesmo? Todavia Deus havia planejado algo além de tudo isso, um plano de salvação que estava encoberto nessa história de um menino que aprendeu a “sonhar grande”. Pois bem, relata-se o período de grande crise climática que gerou enormes dificuldades em nações inteiras, que recorriam ao Egito, único que possuía provisão, graças à boa administração de José e ao seu dom de haver discernido o sonho.

Conta-se que seus irmãos vieram-lhe ao encontro a fim de comprar comida, desta feita diferentemente do que poderia ter feito, revidar o mal com o mal, José preferiu mostrar a face de perdão e prefigurando um futuro “messias”, traz os seus familiares para o Egito, os quais viveram em bonança, sendo poupados da crise e da fome que assolava nações e que dizimou povos com fome e escassez.

O que me chama atenção nessa história além do fato de que ela é uma “grande volta por cima”, é o que se pode ler nas entrelinhas, talvez não entendamos os percalços, as perseguições, falsas acusações e todo mal sofrido na caminhada, quantas vezes falhamos e tudo deu certo, Deus tem um final surpreendente e neste exato momento Ele está movendo o Seu plano de livramento em nossas vidas, e, somente lá na frente iremos mesmo, se formos inteligentes para fazer uma breve retrospectiva e análise crítica de nossas vidas, o quanto tudo que passamos nos serviu a trilhar o “verdadeiro projeto”.

O Detalhe que antes omiti e agora vos relato, é que a Bíblia conta que em todo o tempo, em todas as adversidades José sempre manteve integro o seu caráter, aquilo que havia aprendido e sabia ser o certo, além de manter viva a chama de suas crenças, de que Deus havia lhe dado sonhos e que em todo tempo podemos manter uma atitude de ajudar, falar a verdade, sermos sinceros, não apenas com os outros, senão, sobretudo com nós mesmos.

José soube ser paciente, esperar as coisas acontecerem, mas enquanto fazia não se furtou de acreditar e viver aquilo que cria, praticando ações que lhe renderam um dia, o momento de poder ver os seus malfeitores diante de si e, perdoar-lhes estendendo a mão e sendo uma espécie de ponte da morte para a vida (porque aquela família que mais tarde seria a raiz que daria origem ao povo israelita, iria morrer de fome, não fosse a sua cooperação).

Assim José soube não apenas ser generoso, mas talvez pode entender que todo o mal sofrido havia um bem por finalidade e que esse bem, por si somente seria o projeto de um novo futuro, de morte à vida.


Que sejamos humildes para reconhecer as oportunidades e pacientes para superar as adversidades, sabendo que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam (creem) em Deus (Romanos 8:28)

quarta-feira, 4 de março de 2015

Maravilhosa Graça

Maravilhosa Graça que nos alcança em meio a nossas fraquezas.

Maravilhosa Graça que nos apoia nas nossas debilidades, tão humanas e tão cotidianas.

Maravilhosa Graça que nos habilita a sermos aquilo que não pensamos ser e poder fazer.

Maravilhosa Graça que nos inspira a viver o dia de hoje como sendo aquilo que de mais especial que poderíamos sequer pensado viver.

Maravilhosa Graça que nos doa, nos serve, nos motiva, nos promove, nos faz e sem a qual não poderíamos ser além do que nada.

Como não amar a Tua Graça Senhor dos Senhores e Reis de todos Reis, Tu que és amor, na sua forma genuína, puro e formoso são os teus olhares para mim, a ponto de me fazer mais uma vez, e outra vez, infinitamente mais e mais amar a tua Pessoa e desejar que esta Graça esteja todos os dias sobre mim.

Como um perfume que cobra o meu corpo e exala bom perfume, que a Tua Graça seja concedida a nós, de graça nos destes a maior de todas as suas benevolências Jesus Cristo homem e Deus, homem para entender a nossa incapacidade e Deus para nos fazer unir a tua identidade de Deus e Senhor, unidos em Ti somos mais e melhores, não porque o sejamos de per si, senão pelo Teu ato de Amor, genuíno e desinteressado.

Por isso que é tão lindo e bom dizer com meus lábios eu Sou do Meu Amado e Ele é meu... não poderia haver maior amor que este, dar a sua própria vida por amor daqueles a quem se ama.


Graça que nos redime e nos constrange a amar e deixarmo-nos ser amados.